Foi rápida a percepção, por parte de várias empresas e instituições, do potencial das tecnologias streaming para várias aplicações de partilha de conteúdos multimédia. Protocolos como VoIP e IPTV surgiram como uma das aplicações mais interessantes de transmissões streaming para grandes provedores de serviços de telecomunicações. Ambos os protocolos vieram possibilitar a distribuição de conteúdo multimédia através das redes de dados IP, que se encontravam relativamente subutilizadas. O IPTV permitiu distribuir on demand, canais televisivos aos utilizadores finais fazendo uso destas redes já estabelecidas para acesso à internet. Aplicações VoIP trouxeram benefícios semelhantes, mas para transporte de pacotes de voz apenas, permitindo fazer chamadas através de IP eliminando assim a necessidade de redes telefónicas dedicadas. O uso de uma única rede para serviços de telecomunicações, televisão e internet veio reduzir os custos tanto para o operador como para o utilizador final e criou um novo mercado para serviços triple-play.
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De grande relevância são também aplicações que dizem respeito à distribuição em massa e em tempo real de música, vídeos e filmes com acesso controlado. Isto é conseguido através de uma variedade de protocolos específicos para transmissões streaming em que os mais relevantes já foram discutidos ou referenciados ao longo deste trabalho. Aplicações que permitam o acesso controlado a streams são uma óbvia mais valia para grandes empresas de distribuição de conteúdos que têm assim a possibilidade de servir diferenciadamente os seus clientes através de vários escalões de serviço. Contéudos exclusivos, ou com direitos de autor, podem ser servidos segura e controladamente através de streams a utilizadores específicos abrindo oportunidades para a criação de novos serviços mais dinâmicos e personalizados.