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A digitalização e compressão dos conteúdos multimédia com auxílio de poderosos codecs e a possibilidade de streaming dos mesmos nos moldes actuais, fez com que o custo associado à produção de conteúdos baixasse, conduzindo à sua diversificação e disponibilidade mesmo para minorias. A atitude dos utilizadores face à visualização de conteúdos multimédia também se adaptou à evolução tecnológica, tornando-se mais pró-activa na escolha dos conteúdos que pretende ver. Estima-se que a maior parte do tráfego na internet seja para streaming e partilha de dados, portanto, mais conteúdos e maior personalização no acesso aos mesmos, implica modelos para os controlar e cobrar. Os tipos de modelos de negócio para streaming de conteúdos multimédia diferem muito de serviço para serviço. Abordaremos sucintamente três dos principais modelos de negócio e a sua aplicação em algumas das maiores e mais conhecidas plataformas de aplicações para streaming.

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Com efeito, o modelo de negócio para streaming mais utilizado é baseado em subscrições para Video-on-demand (VoD) e é portanto apropriado para filmes, programas e canais de televisão, ou vídeos didáticos, em que o cliente pode visualizar o conteúdo disponibilizado na sua subscrição paga o número de vezes que entender.

O modelo Pay-per-view é apropriado para eventos especiais ou reportagens especiais, pois tal como o nome sugere (traduzindo: pague-para-ver), o cliente paga para visualizar determinado conteúdo específico apenas na ocasião particular em que o evento acontece (Live streaming), como por um jogo de futebol, torneios de boxe, entre outros.

O modelo de negócio basedo em publicidade para Video-on-demand é apropriado para comunidades de partilha de video, onde é possível nessas plataformas ter acesso livre e gratuito ao conteúdo partilhado, como vídeos de música ou outros projectos.

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O Youtube trata-se de uma das maiores plataformas de video streaming da internet, cujo prinicipial mecanismo de receitas é a publicidade. Com efeito, o Youtube vende anúncios a anunciantes, para que qualquer utilizador possa ter acesso livre aos vídeos partilhados por outros utilizadores nesta plataforma de forma gratuita. A vantagem para os anunciantes é o facto de a plataforma de streaming lhes fornecer um enorme alcance de pessoas, e as receitas publicitárias, que aumentam com o número de visualizações, são divididas entre os proprietários dos vídeos e a plataforma. Uma das ameaças a este modelo são os ad-blockers, que se tratam de softwares que bloqueiam o aparecimento de anúncios, janelas pop-up entre outros, no entanto estes não comprometem ou afectam particularmente este modelo de negócio, uma vez que não depende unicamente de anúncios mas também de vídeos patrocinados.

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Netflix é outra das maiores plataformas de streaming video-on-demand na internet para filmes e séries televisivas, com subscripções pagas. Esta plataforma foi pioneira em usar este modelo de negócio para proporcionar conteúdo de entertenimento em troca de uma taxa de subscripção. Neste serviço, os utilizadores e os financiadores deste são os mesmos, e as receitas da plataforma provêm da base de subscriptores pagos. Com efeito, o modelo de negócio de Netflix funciona do seguinte modo, em primeiro lugar é necessário comprar as licensas comerciais para transmissão do conteúdo aos seus produtores, e criar e manter uma plataforma robusta para streaming dos conteúdos (preparada para eventuais tentativas de roubo de passwords dos subscriptores). Seguidamente, o seu interesse centra-se em atrair subscriptores com a oferta de um mês de adesão gratuita e posteriormente sua a conversão para um subscriptor pago. Para manter a base de subscriptores, a plataforma compra novos conteúdos e cria ainda os seus conteúdos originais. Trata-se de uma cadeia de valores que gera milhões e se pretende justa e eficiente.

MODELOS DE NEGÓCIO

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